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Chispes e Couratos

Neste espaço não se discriminam gostos, fetiches, taras, manias, desvarios ou inclinações gastronómicas. Só não toleramos seguidores fanáticos do tripadvisor.

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Neste espaço não se discriminam gostos, fetiches, taras, manias, desvarios ou inclinações gastronómicas. Só não toleramos seguidores fanáticos do tripadvisor.

28
Mai09

Outra petição: vamos mandar mais miúdos para a Rússia

JP

Não pude deixar de me emocionar quando vi aquelas bonitas imagens das palmadinhas pedagógicas que foram aplicadas à nossa Alexandra. Sou dos que acusa a televisão de não possuir um olhar crítico e uma acção formativa. Por isso,  fiquei orgulhoso de ver a nossa comunicação social assumir um papel educativo e de problematização social. Uma televisão que não se conforma com o discurso dominante e nos mostra outras propostas de orientação pedagógica dos nossos rebentos. Na altura pensei: "Ah... afinal é isto que nos falta". Sem dúvida, foram as palmadinhas que todos os dias sonho ver em muitos restaurantes deste país.
Obviamente que não são a solução para todos os problemas. Aquelas palmadinhas são as indicadas para uma criança refilona que não pare quieta na cadeira. Mas para um petiz que transforma o espaço entre as mesas em pistas de corrida, talvez fosse aconselhável um acréscimo de 45% dos tabefes ou o aumento de 75% na intensidade. Mas como não gosto de me assumir como dono da verdade, entusiasma-me este debate e estou aberto a propostas de todos.
Devo confessar que já acreditava na imputabilidade das nossas crianças e temia um irritante mundo novo onde os petizes se estavam a tornar em vitelos sagrados. Fiquei feliz por saber que há países que ainda lutam por preservar o papel tradicional das crianças.
Contudo, é pena ver que outras nações, como a Rússia, que não têm uma mesa tão farta e rica como a nossa, se esforçam muito mais por preservar os seus valores gastronómicos. Em Portugal, com o nosso azeite, bom vinho e temperos mediterrânicos, estamos a deixar descaracterizar o ambiente nos nossos restaurantes. Em muitos espaços é praticamente impossível concentrar-nos no aroma de um touriga nacional e há milhões de portugueses que nunca ouviram o som de um camarão a estalar entre os dedos. Graças às nossas adoráveis criancinhas.

Por isso, sou frontalmente contra o regresso da Alexandra à família afectiva. Enquanto estiver na Rússia é a garantia que há menos uma criança a infernizar-nos a vida nos restaurantes portugueses.
Esperamos por ti, Alexandra, quando fizeres 18 anos. Serás recebida de braços abertos. Entretanto, usufrui de um melhor sistema educativo e aproveita para aprender a falar russo. Duas línguas traz mais saídas profissionais. Eu é que já vou tarde!

Em breve coloco o link para a petição, aqui nos comentários!

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