Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Chispes e Couratos

Neste espaço não se discriminam gostos, fetiches, taras, manias, desvarios ou inclinações gastronómicas. Só não toleramos seguidores fanáticos do tripadvisor.

Chispes e Couratos

Neste espaço não se discriminam gostos, fetiches, taras, manias, desvarios ou inclinações gastronómicas. Só não toleramos seguidores fanáticos do tripadvisor.

29
Abr09

A génese do prazer de comer

José Manuel

Gosto de comer.

A constatação tem tanto de simples como de arrasador!
Será assim um pecado tão feio que tenha de esconder do resto do mundo?
Eu sinceramente acho que não. E digo-vos mais, com conta peso e medida, é mesmo um prazer, e desafio-vos já a tipificar, para além dos prazeres carnais, claro, prazer melhor ou mais satisfatório. Não há.
É simples.
E não me chamem guloso por favor, que é coisa que não sou. Nem sofro de qualquer disfunção que me faça ter um apetite voraz. Apenas gosto de comer, porque gosto.
Sabe-me bem estar sentado em frente a uma mesa bem composta, com um grupo de amigos, com um bom vinho, a conversar sobre as coisas mundanas, e claro, a comer.
E não é que sou capaz de ali estar de uma refeição à outra?!

Com boa companhia, boa comida e bom vinho, que mais pode um homem desejar?
Sim, sim, já sei o que estão a pensar, pode sempre desejar outras coisas, mas cada coisa no seu devido lugar.
Primeiro tratamos do corpo, ou seja dos prazeres da carne e depois do espírito, nomeadamente, dos prazeres carnais…

É esta a lógica da vida, tão simples quanto isto, e não é preciso que venham os engenheiros da NASA ou do M.I.T para nos explicar através de umas teorias (que eu suspeito que até eles têm dificuldade em entender) que existem uma série de condicionantes, factores endógenos e exógenos inerentes à capacidade intrínseca do indivíduo enquanto elemento de um sistema que actua….blá blá blá.
Não lhe dêem de comer e vão ver o resultado.
A necessidade de comer é tão ou mais inata como a necessidade de procriar, ora pensem bem, se não comerem, não procriam! (acho que estabeleci um novo paradoxo para a ciência mundial).
Logo, e como é típico do homem, a necessidade transformou-se em prazer. O homem pensou, porquê comer apenas quando tenho fome, se posso comer quando me der na real gana, e porquê só fazer sexo para procriar, se posso andar por aí a experimentar coisas novas (foi aqui que surgiram alguns desvios).
Como podem ver, o prazer de comer está intimamente ligado ao prazer do sexo, porque na essência, têm a mesma génese! Que é essa imensa procura do ser humano pelo prazer.
Tendo em conta o que acima escrevi, arrisco mesmo a afirmar que quem, como eu e os membros desta confraria, gosta muito de comer, também gosta mais de sexo que o comum dos mortais.
Lanço aqui o tema para debate.

4 comentários

Comentar post